CARTAS DE UM DIABO A SEU APRENDIZ – C. S. Lewis

Cartas de um diabo a seu aprendiz, escrito por Clives Staples Lewis, foi lançado em 1942, sendo a quarta obra do talentoso escritor inglês que é bem conhecido por muitos devido a sua obra denominada “As crônicas de Nárnia”. Neste livro, Lewis apresenta o diabo, chamado de Screwtape, e o seu aprendiz, Wormwood, que através de cartas recebe instruções do seu tio e mestre a fim de obter êxito contra um ser humano que ele tem por cliente.

O autor deixa claro no prefácio e introdução entendimentos importantes acerca do diabo e de sua potência:

“Há dois erros iguais e opostos no que diz respeito à matéria Demônios: Uma é desacreditar em sua existência. A outra é acreditar e sentir um excessivo e doentio interesse neles.”

“[…] eu admito a existência do Diabo. Ora, se por Diabo o inquiridor queria dizer a existência de um poder oposto a Deus e, como Deus, auto-existente desde a eternidade, a resposta é sem dúvida, não! Nenhum ser não-criado existe além de Deus. Deus não tem nenhum ente que lhe seja oposto. Nenhum ser poderia jamais alcançar uma tão ‘perfeita maldade’ que se opusesse à perfeita bondade de Deus.”

No desenvolver da obra, torna-se interessante a forma como Lewis apresenta o diabo, pois supõe o modo de trabalhar e raciocinar deste a fim de nos conduzir ao erro. Assim, interessante também é ver o diabo falando de Deus como se Ele fosse o inimigo. Chega a ser cômico o jeito que essas nomenclaturas têm o seu significado invertido, contemplando justamente a ótica daquele que tenta se opor a Deus. Por isso ver-se-á que o “inimigo” neste livro não é o diabo, mas Deus.

Por fim, esta é uma obra bem interessante para todo cristão que aprecia uma boa história e gosta de pensar sua fé. Vale lembrar que não devemos ter essa literatura como se fosse uma Angeologia e demonologia do autor. Contudo, é válida a ficção apresentada pois nos faz refletir sobre a nossa caminhada na terra diante das ciladas do diabo.

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LEWIS, C. S. Cartas de um diabo a seu aprendiz. Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil, 2017.

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Cartas de um diabo a seu aprendiz, escrito por Clives Staples Lewis, foi lançado em 1942, sendo a quarta obra do talentoso escritor inglês que é bem conhecido por muitos devido a sua obra denominada “As crônicas de Nárnia”. Neste livro, Lewis apresenta o diabo, chamado de Screwtape, e o seu aprendiz, Wormwood, que através de cartas recebe instruções do seu tio e mestre a fim de obter êxito contra um ser humano que ele tem por cliente.

Logo no prefácio, que é parte importante de toda obra ao lado da Introdução, é possível ver uma importante explicação de Lewis sobre o diabo, nossa relação com ele e vice-versa.

“Há dois erros iguais e opostos no que diz respeito à matéria Demônios: Uma é desacreditar em sua existência. A outra é acreditar e sentir um excessivo e doentio interesse neles.”

Na introdução é onde o autor expõe uma realidade importante para qualquer cristão em relação ao diabo, pois ele desconstrói a figura de um inimigo de Deus com plena capacidade de guerrear de igual para igual com Ele. O que C. S. Lewis faz, antes de iniciar sua ficção, é esclarecer que esse inimigo já é um derrotado e não pode ser considerado um perfeito oposto a Deus.

“[…] eu admito a existência do Diabo. Ora, se por Diabo o inquiridor queria dizer a existência de um poder oposto a Deus e, como Deus, auto-existente desde a eternidade, a resposta é sem dúvida, não! Nenhum ser não-criado existe além de Deus. Deus não tem nenhum ente que lhe seja oposto. Nenhum ser poderia jamais alcançar uma tão ‘perfeita maldade’ que se opusesse à perfeita bondade de Deus.”

No desenvolver da obra, torna-se interessante a forma como Lewis apresenta o diabo, a forma como ele trabalha, o modo como ele constrói seu raciocínio frente as situações comuns do nosso cotidiano a fim de nos conduzir ao erro. Seguindo essa proposta, é curioso ver o diabo falando de Deus como se Ele fosse o inimigo. Chega a ser cômico o jeito que esses nomes tem o seu significado invertido, contemplando justamente a ótica daquele que tenta se opor a Deus.

Um trecho onde ele aborda muito bem essa inversão está presente na carta de número um:

“‘Se eu vejo, creio!’ Ensine-o chamar esta corrente ‘Vida Real’, e jamais deixe-o perguntar a si próprio o que significa ‘Real’. Lembre-se que ele não é puramente espírito como você. Nunca tendo sido humano (E abominável a vantagem do Inimigo neste ponto) você não percebe o quanto os humanos são escravizados à rotina.”

Esse comentário que o Screwtape faz, e que no texto aparece entre parênteses, é sensacional. Ao falar do diabo, Lewis consegue enaltecer o próprio Deus. Isso nos faz lembrar que o nosso Senhor tem uma grande vantagem sobre o diabo, assim como o autor identifica ao usar o seu personagem maléfico, pois Ele já teve uma vida humano-terrestre como nós temos, através de Jesus Cristo. Por isso, é capaz de nos compreender melhor que o diabo.

Por fim, esta é uma obra bem interessante devido a imaginação de Lewis em relação a como o diabo age em diferentes situações do nosso cotidiano. Vale lembrar que não devemos ter essa literatura como se fosse uma angeologia e demonologia do autor. Contudo, é válida a ficção apresentada, pois nos faz refletir sobre diferentes momentos da vida humana, contribuindo para que reflitamos e aprimoremos nosso viver de modo que caminhemos em obediência a Deus e exaltando o Seu nome.

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LEWIS, C. S. Cartas de um diabo a seu aprendiz. Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil, 2017.

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