JESUS TINHA O DNA DE MARIA?

Para um melhor entendimento da questão é necessário que visitemos o texto bíblico a fim de analisarmos detalhadamente os acontecimentos envolvendo o nascimento de Cristo, bem como os registros temporais constantes na história narrada.

O primeiro capítulo do livro de Lucas nos conta como foi a visita do anjo à Maria, anunciando o que lhe aconteceria e como isso se desenvolveria.

Mas o anjo lhe disse: Maria, não temas; porque achaste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem chamarás pelo nome de Jesus. Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; Deus, o Senhor, lhe dará o trono de Davi, seu pai; ele reinará para sempre sobre a casa de Jacó, e o seu reinado não terá fim.

Então, disse Maria ao anjo: Como será isto, pois não tenho relação com homem algum? Respondeu-lhe o anjo: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te envolverá com a sua sombra; por isso, também o ente santo que há de nascer será chamado Filho de Deus.

Lucas 1.30-35

A instrução do anjo não é detalhada, mas nos dá uma ideia de que Maria concebeu a Cristo de uma forma espiritual, através do “poder do Altíssimo”. Em seguida o texto narra sobre Isabel, parenta de Maria que estava em seu sexto mês de gestação.

E Isabel, tua parenta, igualmente concebeu um filho na sua velhice, sendo este já o sexto mês para aquela que diziam ser estéril. Porque para Deus não haverá impossíveis em todas as suas promessas. Então, disse Maria: Aqui está a serva do Senhor; que se cumpra em mim conforme a tua palavra. E o anjo se ausentou dela.

Naqueles dias, dispondo-se Maria, foi apressadamente à região montanhosa, a uma cidade de Judá, entrou na casa de Zacarias e saudou Isabel. Ouvindo esta a saudação de Maria, a criança lhe estremeceu no ventre; então, Isabel ficou possuída do Espírito Santo. E exclamou em alta voz: Bendita és tu entre as mulheres, e bendito o fruto do teu ventre!

Lucas 1.36-42

Essa passagem nos é interessante pois mostra que Maria, no sexto mês da gestação de Isabel, estava grávida de Jesus. Depois, Lucas relata o tempo que ela ficou ali na casa de sua parenta.

Maria permaneceu cerca de três meses com Isabel e voltou para casa.

A Isabel cumpriu-se o tempo de dar à luz, e teve um filho.

Lucas 1.56,57

Ou seja, no nono mês da gestação de Isabel, João Batista nasceu e Maria voltou para casa. Agora, grávida de três meses. Após, no capítulo dois do livro de Lucas, é registrado a necessidade do alistamento e a ida de José e Maria para Belém.

Naqueles dias, foi publicado um decreto de César Augusto, convocando toda a população do império para recensear-se. Este, o primeiro recenseamento, foi feito quando Quirino era governador da Síria. Todos iam alistar-se, cada um à sua própria cidade.

José também subiu da Galileia, da cidade de Nazaré, para a Judeia, à cidade de Davi, chamada Belém, por ser ele da casa e família de Davi, a fim de alistar-se com Maria, sua esposa, que estava grávida.

Estando eles ali, aconteceu completarem-se-lhe os dias, e ela deu à luz o seu filho primogênito, enfaixou-o e o deitou numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria.

Lucas 2.1-7

Dessa forma, ao concluir essa parte da história o autor esclarece: “Estando eles ali, aconteceu completarem-se-lhe os dias, e ela deu à luz o seu filho primogênito”. Podemos então concluir que a gestação de Maria ocorreu normalmente. Jesus foi gestado por aproximadamente nove meses, como é natural do ser humano. Então, concluímos que Ele sim tinha o DNA de Maria, visto que foi gestado normalmente em Maria e que foi concebido (Lucas 1.31) através do “poder do Altíssimo”.

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