Pereira, ao falar da visão de Igreja em Bonhoeffer, argumenta que ela:
“é secularizada, porém não secularista; integrada com a realidade, sem, contudo, perder sua identidade; vicária e ao mesmo tempo redentora; silenciosa, mas presente pela ação responsável, levedando a massa.”
PEREIRA, G. L., Uma igreja cristocêntrica, diaconal e koinônica, p. 104.
É nesse meio que tenho vivido desde quando nasci. A vida com a Igreja para mim se tornou comum. Não em sentido depreciado, mas na beleza dessa palavra – algo integrado ao normal, a rotina, a vida vivida. Não me arrependo de ter gasto os anos que se passaram nessa vivência, pois ali está a fonte de vida.
O autor ou autora de Hebreus clamou:
“Não deixemos de reunir-nos como igreja, segundo o costume de alguns, mas encorajemo-nos uns aos outros, ainda mais quando vocês vêem que se aproxima o Dia.”
Hebreus 10:25
Assim, endosso a instrução desse versículo. Faça parte de uma Igreja Evangélica, viva essa experiência comunitária e cristocêntrica. É na Igreja onde encontro meu propósito, não em funções, mas em missão (comissão). Na Igreja encontro pluralidade e unidade, porque é como um corpo (1Co 12). Nela eu recebo afirmações e negações, sou incentivado e confrontado. Tudo isto me impulsiona para frente, em direção a um lugar melhor.
Objetivo da Igreja, apesar das diferenças, é se tornar um, como o nosso Senhor Jesus Cristo rogou em oração (Jo 17.20-23). Isso é ser Igreja. É por isso que vivo em Igreja. É por isso que insisto nesse plano divino. Na verdade, não consigo enxergar vida fora disso, apenas distrações e solidão.