O QUE É O EVANGELHO SEM O AMOR?

A pergunta implica uma resposta radical: NADA! O produto final do Evangelho não é o amor, mas o amor é o seu ambiente existencial. Pois, DEUS É AMOR (1 João 4.8). Assim, sem DEUS não há amor e nem Evangelho. Amar é fazer o que Deus faz. Somente ama quem com Deus aprende. Aprende existindo, pois existir é consequência da obra criativa de Deus. Todos então nascem, amam e querem ser amados. Este é o único propósito de existir, amar. Mas amar é diferente de amar.

João, em sua primeira epístola, nos entrega uma verdade inquietante.

7 Amados, não lhes escrevo um mandamento novo, mas um mandamento antigo, que vocês tiveram desde o princípio. Esse mandamento antigo é a palavra que vocês ouviram.

8 Por outro lado, o que lhes escrevo é um mandamento novo, aquilo que é verdadeiro nele e em vocês, porque as trevas vão se dissipando, e a verdadeira luz já brilha.

9 Quem diz estar na luz, mas odeia o seu irmão, está nas trevas até agora.

10 Quem ama o seu irmão permanece na luz, e nele não há nenhum tropeço.

11 Mas quem odeia o seu irmão está nas trevas, anda nas trevas e não sabe para onde vai, porque as trevas lhe cegaram os olhos.

1 João 2.7-11

Nos atentando ao versículo nove, vemos a clareza da fala de João sobre amar o próximo. O primeiro indivíduo é identificado como “[aquele que se] diz estar na luz”. Não é que ele esteja na luz, mas ele mesmo se vê nela. É uma compreensão obtida através de sua própria visão de mundo e nada mais. Depois, o segundo indivíduo é o irmão. Esse é quem compartilha da “mesma” paternidade espiritual, ou seja, como em 1ª João 5.1 ele é “nascido de Deus”. O vínculo “irmão” se dá por causa desse novo nascimento.

Dessa forma, quando há ódio pelo irmão logo conclui-se que não há amor e que aquele quem odeia na verdade não é irmão de fato, pois não nasceu de novo. Por isso ele anda nas trevas. Sua vida não foi transformada como ele mesmo acredita.

Em seguida, o autor enfatiza: “quem odeia o seu irmão está nas trevas, anda nas trevas e não sabe para onde vai, porque as trevas lhe cegaram os olhos”. A consequência de não nascer de novo é continuar nas trevas. O não odiar é uma evidência da Luz. Quem está nela ama até mesmo os seus inimigos (Lucas 6.27). Então, chegamos a uma próxima pergunta: Como podemos amar quem não nos ama? A resposta para tal pergunta tem a ver com graça. O amor de Deus é gracioso. Quando esse amor, Deus, nos alcança, tornamo-nos replicadores da graça. Já não amamos por efeito, mas por causa. O amor não é agora um resultado, ele é o início. Viver sem amor é viver sem Deus. Se ódio se opõe ao amor, da mesma maneira também se oporá a Deus.

JESUS viveu e amou. Por amor ele morreu. Por amor ressuscitou. Seu amor não era retribuição, era provocação. Através dEle muitos viram o amor. Ele é amor. Hoje, precisamos voltar a provocar o amor nas pessoas. Quem tem a Luz anda consciente e revela O caminho. Perder o amor é perder o Evangelho. Deixar de amar é deixar de agir como Deus, que “amou o mundo” (João 3.16). Ame com Graça!

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