FAMÍLIA AMIGA: uma reflexão sobre as relações e a vida vivida

“Desfrute a vida com a mulher a quem você ama, todos os dias desta vida sem sentido que Deus dá a você debaixo do sol; todos os seus dias sem sentido! Pois essa é a sua recompensa na vida pelo seu árduo trabalho debaixo do sol.” – Eclesiastes 9.9

Confesso que Qohelet é duro em muitas das suas falas e reflexões. Aqui temos mais um exemplo disso, pois para ele a vida debaixo do sol é sem sentido. Entretanto, digo que é uma vida sentida.

Essa vida que temos é pertencente ao mundo sensível de Platão. Que, embora ele o deprecie, é o mundo sustentador da vida que temos. Uma vida que tem dor, perda, ódio, rancor, raiva, morte, mentira. Mas também é uma vida que tem amor, alegria, fé, esperança, certeza, amizade.

A família, os filhos, o casamento, são todos sentidos nessa vida “sem sentido”. Por isso, não dá para exigir perfeição. Não há filhos perfeitos, não há esposas perfeitas, não há família perfeita, não há relações perfeitas. Aliás, o que é perfeito? Aquilo que alegra e satisfaz o teu ser? Se for isso, que egoísta você é. Ou melhor, nós somos.

Por isso, procuro falar aqui sobre a família amiga. A amizade é a relação ideal. Amigo dos filhos, amigo da esposa. Se não for assim, não é. Aí sim Qohelet ganha razão, pois torna-se uma vida sem sentido. Para ter sentido é preciso sentir. E para sentir é preciso viver. Será que estamos vivendo?

Por fim, sinta a vida e a desfrute com seus filhos, esposa, família, que você ama. Isso, tem que ter o amor. Ou seja, a decisão de querer. As relações são mantidas por aqueles que querem. Se você quiser, se você amar, se você sentir, família amiga terá. Terá sentido. Será sentida.


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