“Nossa alma espera no Senhor, nosso auxílio e escudo.” – Salmos 33:20

A palavra esperança no AT tem o significado de esperar (no hebr. qãwâh), podendo ser entendido por “esticar-se em direção a”, “ansiar por”. Ou seja, vemos que esperar não significa estar imóvel, ou estático a alguma situação futura. Mas, intencionalmente o seu oposto. Significa tomar uma atitude, um posicionamento de confiança Àquele que fez o futuro (Is 9.6).

Nossa alma precisa entender na prática este verdadeiro significado de espera. Pois, ele tem algumas características muito peculiares, que, segundo as Escrituras, neste devido contexto, é definida a nossa natureza em necessidade e fragilidade. Digo necessidade, pois, quem precisa de auxílio é aquele que não consegue de forma plena ter sua própria autonomia e independência, ou seja, um necessitado que tem fome e sede pelo conhecimento do Divino e dos seus excelsos planos (Sl 33.9). E, fragilidade, porque o escudo não faz falta ao forte, mas ao fraco. Dessa forma, diante de Deus não há fortes (Is 40.17). Nossa fragilidade é totalmente nítida diante do desconhecido. De um futuro que está certo a DEUS, mas incerto ao homem. Ou melhor, oculto. Essa é a fragilidade real de todos nós, quer temos consciência disso ou não.

Para exemplificar, olhemos os dominós enfileirados, um ao lado do outro em uma grande e extensa fileira de 365 peças. E, quando é derruba a primeira peça, a queda das demais se torna inevitável: Pandemia (COVID 19) ➩ Desemprego ➩ Corrupção ➩ Decaída na Educação ➩ Fome ➩Inflação abusiva ➩ Aumento nos juros ➩ Variações catastróficas da natureza ➩ Guerra de tráficos e facções ➩ Feminicídio ➩ Racismo ➩Depressão ➩Suicídio ➩ Morte.

Independente da sequência dessas sentenças, elas se repetem variavelmente. Como as ondas do mar ao longo de todo ano. Porém, quem de nós poderia saber com precisão tal variação, ordem, tempo, intensidade, proporção? E, além disso, o que nos garante que 2021 será melhor que 2020?  Ou igual? Ou pior? Isso não é pessimismo, mas realismo. Não temos garantias de nada!

Então, onde colocaremos nossa esperança? 1 – Nos avanços tecnológicos da medicina? Ainda que essa área seja importante e necessária, graças a capacitação dada pelo nosso Bom Deus, as mentes e mãos dos melhores médicos são limitadas. 2 – Na Mídia? Com certeza não! Ela é subjetiva. Ela não é independente, mas depende das consequências. 3 – Na Política? Também não. Vemos como é claramente a realidade que nos cerca. Sabemos como o coração humano pode ser confuso e enganador. 4 – No Acaso? Ainda existem pessoas que acreditam em sorte e azar e que dizem “não” à lógica e à básica coerência, em prol de satisfazer o seu próprio desejo. 5 – Nos signos e horóscopos?  A ciência nega qualquer validade na astrologia que explique ou prove que o alinhamento dos planetas pode influenciar nossos comportamentos ou o desdobramento do universo. Ou seja, poderia citar tantas outras questões ou possibilidades, entretanto, tudo iria resumir em uma única questão: Nós somos limitados, as obras de nossas mãos são mais limitadas ainda e a esperança não pode estar em mim. 

Querido (a), não quero ludibriá-lo(a) ou lhe dar uma falsa sensação de um sentimento passageiro e muito menos não quero que você confiei em um futuro incerto independente de Deus. Quero que você olhe para Cristo e que Ele seja suas lentes para enxergar cada mínimo detalhe das coisas boas, como daquelas não tão boas assim. Que Ele seja seu farol em meio ao breu da escuridão e das intensas tempestades. Que Ele seja a sua verdadeira e inabalável esperança! Pois, Ele tem condições para ser seu VERDADEIRO AUXÍLIO E FORTE ESCUDO.

Feliz Ano Novo!