Se Todos Somos Átomos, Todos Somos Iguais

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Átomo, por definição é: “sistema energético estável, eletricamente neutro, que consiste em um núcleo denso, positivamente carregado, envolvido por elétrons”. Esse termo é de grande conhecimento da Ciência, que defende o mundo observável como sendo composto de matéria que é composta de partículas denominadas átomos. Os estudos dessa área evoluíram expressivamente com o passar do tempo, permitindo assim até mesmo um controle sobre essas partículas como a fissão ou quebra da estrutura atômica. Entretanto, por mais que se perceba através da Ciência uma evolução da inteligência humana é nítido a falta de sabedoria ao lidar com as relações sociais ao notar-se atitudes desumanas e preconceituosas como as vistas recentemente.

O nome átomo já era conhecido desde a Antiguidade, mas somente anos mais tarde através de nomes como John Dalton, Robert Brown, Albert Einstein e Jean Perrin que a teoria atômica moderna teve seu início. A doutrina filosófica atomismo, elaborada pelos pensadores gregos Leucipo (séc. V a.C.) e Demócrito (460 a.C.-370 a.C.) defendia que toda matéria é formada por átomos, que seriam partículas minúsculas e indivisíveis. Contudo, hoje, apesar da manutenção da palavra átomo, já é entendido que a indivisibilidade dessas partículas é um equívoco. Assim, tudo o que existe é composto pela mesma coisa. Por trás das diferentes aparências existem os mesmos conjuntos de partículas.

Com isso, é curioso observar que o mesmo ser humano que chega a essa descoberta é também capaz de sustentar julgamentos preconceituosos baseados em seu puro achismo perverso. É isso o que se percebe nas relações sociais no decorrer da história. Enquanto um grupo de humanos avançava na direção de perceber a igualdade humana, outro grupo insistia em enxergar diferenças e rotular indivíduos com base nelas. Desde então, pessoas têm sido definidas como melhores ou piores com base nas riquezas que possuem, na linhagem sanguínea, na cor de sua pele. São diferenças perceptíveis a olho nu e que dominam ainda o mundo atual.

Certo é, então, que se prefere perceber vestimentas, poder, dinheiro, melanina do que átomos. O mau está nos olhos e poucos se esforçam em fechá-los. É o mundo do aparente. A estética tomou o lugar principal das relações. E entre os cinco sentidos, a visão tornou-se um deus, mau. Entretanto, é impossível estabelecer valores através de percepções relativas. O que realmente importa não pode se limitar a uma experiência particular ou de um determinado grupo. A essência se encontra por trás do aparente. Se todos somos átomos, todos somos iguais. Atitudes preconceituosas só demonstram profunda ignorância e egoísmo. E, assumir tais posturas só afirma que esse grupo tolo caminha rumo a autodesumanização.

Enfim, a quebra do preconceito deve se estabelecer na noção de igualdade entre os seres. Apenas ao perceber-se como um que o humano conseguirá exercer respeito e amor por todos os outros. É isso o que se observa com o evangelho de Cristo. Através de Jesus é possível compreender o valor da vida. O apóstolo Paulo, ao escrever aos gálatas sobre a relação entre os crentes, a Lei e Cristo, disse: “Não há judeu nem grego, escravo nem livre, homem nem mulher; pois todos são um em Cristo Jesus” – Gálatas 3.28. Descobrir-se como “um” é a chave para a quebra de qualquer preconceito. E, só há uma maneira de obter essa ótica, mediante a fé em Cristo Jesus.

1 comentário Adicione o seu

  1. Ronaldo monteiro disse:

    Texto muito bem esclarecido e para que venhamos e refletir, parabéns.

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